Mística Espaço Livre

Feche os olhos, olhe para dentro de sí mesmo(a), enxergue o teu verdadeiro ser e eleve-se!

O Bem/Mal interior.


É dito que corriqueiramente o homem se refere a ele mesmo dizendo “eu” quando pouco se dá conta que dentro dele existe uma infinidade de pequenos “eus” a reivindicar o controle do seu mundo interno. Na realidade, ele poderia definir-se como sendo uma “legião”. Assim o homem vive refém de uma mecanicidade, longe de uma vontade consciente que ele considera possuir. Algo que a psicologia moderna define como auto-engano, isto é, imaginar ou fingir ser aquilo que não se é. Em nos, coexiste um lado superior e outro inferior(Se parece muito com o principio do Ying-Yang oriental), o que é denominado na literatura sagrada como divino e demoníaco. Ademais entre essas duas manifestações de nosso ser, interpõe-se a mascara que usamos socialmente para aparentar ser. Por detrás desta atitude há o temor de não sermos aceito em nosso círculo de convivência caso deixássemos uma livre vazão ao mal potencial que existe em nós. Esse mal é na realidade o conjunto dos aspectos inconscientes de nossa persona que devem ser trazidos a nossa consciência e serem transmutados, mas em nenhum caso podem ser ignorados por aquele que trilha o caminho da auto-realização.
“Mesmo que sejas considerado o mais pecaminoso de todos os pecadores, quando estiver situado no barco do conhecimento serás capaz de cruzar o oceano de misérias”. O conceito de pecado tem atormentado a muitos e criado muitas distorções nas mentes de muitas pessoas crentes em Deus.
Por Bir Krishna Prabhu (DVS), Facilitador do Instituto Bhaktivedanta para Auto-Realização – IBAR. Uberaba, MG. 23/07/2007.

Vegetarianismo, verdades e mitos.

Não há motivo algum para se preocupar com as proteínas na dieta vegetariana. A preocupação teórica criada pela nutrição científica antiga não se sustentou ao observar as populações vegetarianas. Todos os estudos demonstram que os vegetarianos ultrapassam tranqüilamente as necessidades protéicas, mesmo quando todos os derivados animais são retirados do cardápio. Para atingir as necessidades protéicas, basta atingir as necessidades calóricas diárias, com ênfase numa dieta baseada em grãos. A dieta brasileira é excelente nesse sentido. A combinação de arroz com feijão fornece uma composição de aminoácidos, que são os formadores das proteínas, considerada excelente.
Não. O que ocorre é que o ferro de origem vegetal é mais sensível aos fatores que estimulam e inibem a sua absorção. Os vegetarianos têm a mesma prevalência de anemia por falta de ferro do que os não vegetarianos. A dieta vegetariana, ao contrário do que muitos pensam, não é pobre em ferro e, aliás, costuma ser mais rica nesse mineral do que a onívora. Por outro lado, a ingestão de vitamina C, que promove a absorção do ferro vegetal, costuma ser duas vezes maior do que a de onívoros. Deve-se evitar a utilização de quaisquer tipos de chá, mas principalmente o chá preto, junto com as refeições, pois ele inibe a absorção de ferro. Os grãos de cereais integrais, assim como os feijões, devem ser deixados de molho na água por pelo menos 12 horas, para que o seu teor de ácido fítico seja reduzido. Esse ácido reduz a absorção do ferro ingerido.
É interessante esclarecer que a dieta vegetariana, apesar de limitar a ingestão de determinados alimentos e parecer restritiva, faz com que as pessoas consumam uma variedade maior de alimentos.

Em uma dieta onívora, o prato principal é sempre um tipo de carne, seja ela assada, grelhada ou cozida. Quando uma pessoa se torna vegetariana, o acompanhamento de uma dieta onívora vira o prato principal, como uma lasanha de carne de soja, um ensopado de glúten ou um prato com grão-de-bico. A partir do contato com diversas cozinhas, como a indiana e a mediterrânea, pode-se dizer que a vegetariana é mais saborosa, mais variada e o mais importante: é mais saudável e ética.
Texto da Revista Época - 28/08/2007